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Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Professora, Mestre em Educação, Psicopedagoga, Especialista em Avaliação Educacional. Atualmente, ministra palestras sobre LEITURA E INTELIGÊNCIA, também escreve material de língua portuguesa EAD para o CCAA e para a EDUCOPÉDIA.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

PORTA CURTAS PETROBRAS


No site da Petrobras, PORTA CURTAS pode-se asistir a diversos filmes. O documentário a INVENÇÃO DA INFÂNCIA vale a pena ser conferido. O famoso ILHA DAS FLORES também, além de outros .

Cantagalo abre o Ano Nacional de Euclides da Cunha




Fonte: Site da Prefeitura Municipal de Cantagalo
(in: http://www.cantagalo.rj.gov.br/noticias/noticia872.htm)

Instituído através de projeto de lei apresentado na Câmara dos Deputados, 2009 é dedicado ao escritor cantagalense, que também ganhará um seminário internacional em setembro

foto: Gilmar Marques

Anabelle Loivos Consídera, da UFRJ, é uma das articuladoras do projeto '100 Anos sem Euclides'

Cantagalo - Com participação de representantes de diversos segmentos da sociedade, incluindo intelectuais, autoridades, poetas, ícones da cultura fluminense e a população em geral, Cantagalo abriu, sábado passado, 31 de janeiro, o 'Ano Nacional de Euclides da Cunha', num evento cívico-cultural realizado na Praça João XXIII, no Centro, em frente ao busto do escritor. A solenidade foi promovida através de uma parceria que contou com participação da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, da Fundação de Artes do Estado do Rio (Funarj), da Casa de Euclides da Cunha, da Câmara Municipal, da Prefeitura de Cantagalo e do projeto '100 Anos Sem Euclides', que está preparando uma série de atividades culturais para marcar o centenário de morte do escritor, nascido em Cantagalo, em 20 de janeiro de 1866, e morto em 15 de agosto de 1909.
Após vários discursos enaltecendo a figura de Euclides da Cunha, a diretora da Casa de Euclides da Cunha, Fanny Teixeira Abrahim, depositou um buquê de flores em frente ao busto. Poetas e trovadores cantagalenses declamaram em homenagem ao escritor e anunciaram que este ano o Festival de Poesias e os Jogos Florais terão o escritor como tema. Os Jogos Florais, por exemplo, que é um evento de concorrência internacional, levará o tema Euclides da Cunha para todos os países de língua portuguesa.
O evento foi comandado pelo professor doutor Luiz Fernando Conde Sangenis, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e pela professora doutora Anabelle Loivos Consídera, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e também contou com a participação de Edmo Rodrigues Lutterbach, presidente das academias Cantagalense e Fluminense de Letras; do pesquisador Clélio Erthal; representantes da família do escritor; da secretária municipal de Educação e Cultura, Fernanda Torres; do presidente da Câmara Municipal, Ciro Fernandes (PR); do vice-prefeito Jorge Farah (PPS), entre outros.
No encerramento, a cidade recebeu show gratuito da Orquestra de Violinos Cartola Petrobrás, do Centro Cultural Cartola, da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, do Rio de Janeiro.

DUDU LIMA


Esse texto foi escrito em agosto de 2008. Lembrei-me dele quando li o artigo do Mário na REVISTA DINÂMICA. Os dois tratam da imagem. Confira:

Acabei de conversar longamente com meu filho. Conversamos sobre os últimos acontecimentos, sobre os passeios que ele e a namorada fizeram e os que vão fazer... Também conversamos sobre os negócios e a família. Ele parecia abatido, apesar da iluminação não ser boa e sua voz ser animada. Talvez seja coisa de mãe... ou da leitura que fiz da imagem.... já explico.
É que meu filho, um deles, está a quilômetros de distância. Na Europa. Conversamos através do SKYPE, um programa de computador que permite que a gente fale com outra pessoa através de um microfone e de uma câmera acoplada no computador que captura as imagens, permitindo que você veja a pessoa que está do outro lado. Assim, pude vê-lo, conversar com ele, quase tocá-lo. Sim, porque ele estava ali, na minha frente. Conversamos, sua voz estava animada, parecia um pouco mais magro, é verdade, mas era ele e VI, com esses olhos que a terra há de comer! ... que estava bem. Mas o que vi, na verdade, foi a imagem dele e não ele. A esta altura você já deve estar se perguntando se a imagem dele não é ele. Sim e não. Se me mostram um filme ou uma foto do meu filho, reconheço-o e afirmo que é o meu filho. Por outro lado, uma imagem é sempre a cópia, um simulacro. Não é real.
Num bar, um casal pede a moça sentada à frente, que lhes tire uma foto, a que ela responde positivamente com um leve movimento com a cabeça. A mulher abraça o homem, se mexe na cadeira, arruma o cabelo, prepara um sorriso e acena como se consentindo a foto. A moça tira a foto, devolve a máquina. A mulher pega a máquina e vai conferir no display como ficou na foto. Olha atentamente e solicita que a moça tire outra foto, estendendo a máquina. Abraça o homem novamente, se mexe na cadeira, arruma o cabelo e o sorriso e... pronto. Mais uma foto! A moça devolve a máquina e a mulher confere sua imagem no display.... torce o nariz, e já sem graça mas não abrindo mão de ter uma foto condizente com a imagem que faz dela, pede, mais uma vez que a moça bata uma foto, ao que ela avisa: é a última. A mulher repete todo o ensaio e agradecendo, sem graça, pega a máquina, desliga e guarda-a.
Num palco, Dudu Lima se apresenta com o seu trio. Ele, ora no contra-baixo, violoncelo ou guitarra, outro na percussão e outro no teclado. Os três são excelentes. Mas o que faz Dudu Lima ser diferente? Ele abstém-se da possibilidade do olhar. No momento em que toca permanece de olhos fechados, cerrados. Cerrados mas vê-se seu globo ocular encoberto pelas pálpebras. Dudu Lima não encolhe os olhos, fecha-os e entrega-se a música. Ele e o instrumento fundem-se num só elemento, numa só imagem. Dudu Lima não está preocupado com a imagem que fazem dele. Assistir a uma apresentação de Dudu Lima é mais do que vê-lo e ouvir o som que tira dos instrumentos. Dudu Lima é pura emoção, energia e sintonia. Dudu Lima não precisa dos olhos para tocar. Toca com o coração. Ele é pura melodia. E não há foto que corresponda a sua imagem!
Toda essa tecnologia da imagem teve início no início do século XX. De lá para cá os avanços tecnológicos foram muito grandes. Naquela época, as pessoas guardavam na mémória as imagens do real, do palpável, daquilo que podiam captar com os seus olhos e a partir do conhecimento de mundo que construíam. Hoje, confundimos as imagens reais com as imagens da TV, dos games, das revistas, dos out doors. Tomamos-as como verdadeiras, esquecendo que as imagens, dependendo do ângulo de tomada, podem induzir a uma determinada visão de mundo, além disso, uma imagem pode ser, quando não alterada, construída. E aí, nessa confusão entre real e imagem, somos levados a construir uma imagem de um mundo perfeito, onde almeja-se corpos reais pperfeitos, sarados, magros, sem barrigas, com bundas durinhas e empinadas, peitos apontando para frente, de preferência levemente apontados para cima. Queremos uma imagem virtual (foto) que corresponda a imagem que temos da gente. E aí, caímos em outro problema. A imagem que temos da gente, na maioria das vezes não corresponde ao real e muito menos a imagem estática. Nossa! Uma confusão de imagens! Já explico: Eu, por exemplo, quando penso em mim, não penso no meu corpo que ora ou outra já dá sinais de cansaço. Penso em mim cheia de energia, disposição, bem comigo mesmo. Não penso em meu nariz ou minha boca. Penso que sou bem aceita, tenho amigos e sou amiga. Tudo vai bem até que alguém resolve tirar uma foto. Se saio bem na foto, tudo bem! Caso contrário, deleta, deleta e deleta. Como posso permitir uma foto que não condiz com a minha pessoa? Ela me mostra o quanto falta para que meu rosto seja simétrico, o quanto minha pele dá sinais de flacidez e minhas terríveis bolsas nos olhos parecem saltar como nunca! Eu não as sinto! Mas elas insistem em se apresentar nas fotos e quiçá, pessoalmente também! Mas eu não as vejo! Graças aos céus!
A foto nos mostra, muitas vezes, ângulos que ignoramos, que não queremos ver... ou que queremos, apenas não correspondem ao real! Não somos uma imagem, somos seres humanos, de movimento e uma máquina não captura nossa essência, nossa alma. Mas, por outro lado, a imagem que temos da gente nem sempre corresponde ao real. Mas de que real estamos falando? Isso já é outra história

SELEÇÃO PÚBLICA SEPE/RJ

Seguinda a deliberação da Comissão de Base da Seleção Pública para substituição do Funcionário da Regional III do SEPE/RJ solicitamos a divulgação do edital para as inscrições que já estão abertas. Vejam no endereço eletrônico do sindicato mais informações e o texto integral do edital: http://www.seperj.org.br/site/informativos/index.php?id=556

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

EVENTOS

II CONGRESSO INTERNACIONAL DE DISLEXIA
Temas: Processamento Fonológico, Processamento Ortográfico, Compreensão e Fluência de Leitura, Intervenção.
03 e 04 de abril
Anfiteatro do Hospital do Servidor Público Estadual, São Paulo - Capital
Informações: http://www.memc.com.br/dislexia2009-inscricao

5º SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE LETRAS
Mestrado em Letras da Universidade do rio Verde - Três Corações - MG
22 a 25 de abril
Informações: http://www.unincor.br/5sinal/

VIII COLÓQUIO NACIONAL E I COLÓQUIO INTERNACIONAL
Museu Pedagógico da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
09 a 11 de setembro
Tema: AS REDES CIENTÍFICAS E O DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA: perspectivas multidisciplinares.
Informações: coloquiomuseupedagogico@gmail.com

CONGRESO INTERNACIONAL DE LECTURA 2009
Tema: Para leer el XXI
Ciudad de La Habana , Cuba, del 26 al 31 de octubre
Informações: http://www.lectura2009.org/congreso

Novo Acordo Ortográfico e os pelos do coelho


Quando se fala do Novo Acordo Ortográfico são inevitáveis as perguntas: erro ou acerto? Necessário ou apenas um capricho? Será que querem nos enlouquecer?
Meus queridos alunos, Aparecida, Paloma e William e outras pessoas me fizeram estas perguntas. Alguns se mostraram mais receptivos ao Acordo, outros mais resistentes... me parece que esse é mesmo o movimento do ser humano. Resistir ou se adaptar.
No primeiro momento, frente a novas aprendizagens, ficamos completamente desequilibrados. Perdemos nosso chão, nosso porto seguro. Depois, o que vem depois? Vai depender... vai depender do quê? Vai depender do quanto você quer subir nos pelos do coelho, ou seja, vai depender do quanto você quer se arriscar, do quanto você quer se aventurar.
O ser humano é naturalmente curioso e também o animal com a maior capacidade de adaptação. Sim, e... o que uma coisa tem a ver com a outra? Para se adaptar o ser humano precisa assimilar o novo, ao assimilar o novo, modifica o meio, mas complementarmente se modifica. Esse é um conceito que Piaget toma emprestado da biologia para explicar nossas aprendizagens.
Ele dá um exemplo de um coelho comendo uma couve, que eu adapto para o de uma mulher comendo um biscoito de chocolate. Para comermos um biscoito de chocolate, precisamos modificá-lo. Vamos mastigá-lo até que ele deixe de ser um biscoito para se transformar em algo digerível. Enfim! Assimilamos o biscoito. Ele foi completamente modificado, pois que, além de triturado , recebeu enzimas e ácidos necessários para uma digestão. No entanto, imediatamente após este processo, ele nos modificou. Já não somos mais a mesma pessoa. Recebemos carboidratos, vitaminas, e calorias que vão contribuir para o aumento de peso, triglicerídios, etc.
Então o que acontece com o ser humano? Acontece o que Gaarder explica maravilhosamente bem: ao envelhecermos, vamos perdendo a capacidade de nos aventurar em coisas novas, vamos ficando no fundo da pelagem do coelho, vamos ficando acomodados, querendo só modificar o mundo para atender aos nossos desejos e acabamos diminuindo nossa capacidade de assimilação, ou seja, nossa capacidade de nos modificarmos, de aprender.
Alguém já teve a curiosidade de ler algum desses livros que ensinam a como não deixar sua mente envelhecer, ou a como manter sua memória viva? Uma rápida incursão por eles e o que se vai ver é justamente uma lista de atividades que possibilitam novas aprendizagens. Alguns sugerem que você altere o lugar daqueles objetos que estão sempre nos mesmo lugares, como por exemplo, seu relógio, u o seu rádio de cabeceira. A sugestão é simples: trocar todas as coisas da casa de lugar de tempos em tempos. Não, não é para enlouquecer... é justamente para manter o cérebro trabalhando. A pessoa ficará desequilibrada ao procurar uma coisa x , que estava no lugar y e será obrigada a pensar qual foi o novo lugar escolhido. Isso parece uma coisa simples, mas para pessoas em idade um pouco mais avançada é um verdadeiro tormento. Quem lida com idosos sabe do que eu falo. A maioria quer tudo a mão para não dar trabalho...não querem mudar sua rotina, não querem que nada seja difícil, não querem perder tempo...como se o tempo fosse escasso.
E o que tem a ver essa história toda com o Novo Acordo Ortográfico? Tudo! Independente de certo ou errado, o Novo Acordo está possibilitando, para boa parte da sociedade, uma nova aprendizagem. Isto para nós professores é muito saudável apesar de todos os transtornos que causa. Estamos tão desequilibrados quanto nossos alunos frente às aulas que proferimos. Podemos sentir novamente o que os alunos sentem, e sentindo como alunos, podemos contribuir mais para as aprendizagens deles.
Mas tudo é uma questão de escolha. Podemos postergar esta aprendizagem até 2012 e até lá, rastejar pelo fundo da pelagem do coelho, ou podemos nos lançar a mais esta aprendizagem, subindo, mesmo com dificuldade, até as pontas dos pelos, e nas pontas da pelagem disponibilizarmo-nos inteiro para outras aventuras.
Leila Mendes